Um dia do mar, outro do pescador

Hoje é mais um dia que se levanta e eu aqui deitado, estendido nessa cama. Fico pensando, tentando entender o que aconteceu e o que está acontecendo agora… Onde foi que eu errei, meu Deus? Quando foi que eu perdi a hora, o tino, a razão ou o “time”? Quando foi que a paixão transformou o “I hate you” em um “Je t’aime”? Ou quem sabe a demora pra me decidir de vez e te deixar ir…? Não sei! Deixei ir…? Talvez… Difícil dizer porque quem me fazia sorrir, também me fez sofrer… Mas, como se diz, o pior cego é o que não quer… Ver que tava tudo ali, tão claro, escrito com todos os sinais, bem na minha cara… E eu acreditando numa conexão especial e tão rara… É… As coisas não foram bem assim como pensava ou como esperava … andava e andava, mas não sai do lugar… Por que sempre é mais fácil fugir e culpar o destino, do que ficar, enfrentar e lutar, sem desistir até o fim!? Será se o que nos separa é tão difícil de mudar, assim? Não! Você não podia esperar, nem mais um pouco, ter paciência até a poeira abaixar e acabar toda essa confusão? Não! Assim, desse jeito não dava! Não existia mais o “nosso jeito” porque no fundo você sempre escolheu fazer do seu…

Tempestade ou calmaria… tudo passa, cedo ou tarde, a tristeza vira alegria…

De tantos sonhos, tantos planos… O que restou agora? Referências internas de momentos insanos de outrora…  tantos riscos corridos, tantos danos sofridos; Falsas esperanças… Lembranças de apenas mais uma, entre outras tantas histórias narradas só no silêncio da minha interlocutória memória, com as cores de cada estação: Da primavera, as flores! Do verão, o calor do beijo quente contra a parede e rente ao chão! Do outono, a distância… E do inverno, o frio (silêncio) e depois a solidão; Como papel colado que rasga quando descola, o coração despedaçado e seus pedaços batendo fora… espalhado por todo lado; Peito aberto, escancarado, dentro um enorme vazio.  Como o navio no oceano, em meio o caos, tão longe do cais… Não quero mais isso pra mim… Não quero mais me sentir assim… Não mais como um mendigo implorando por esmola, suplicando por uma migalha de atenção: “Fica mais um pouco! Por favor, não vá embora!”. Chega! Quer ir? Tudo bem, então! Vai e vê se dessa vez vai mesmo e não volta! E não demora, viu?  Para de ficar enrolando, isso não funciona mais… Sinceramente agora, tanto faz… Com tua indecisão não perco mais o meu tempo, só quero ficar longe disso tudo e viver a minha vida em paz! Aliás, desistir pra mim nunca foi opção, mas ja que o “destino” escolheu… Então, segue teu caminho sozinha, que daqui pra frente eu também vou seguir o meu…

Tempestade ou calmaria… tudo passa, cedo ou tarde, a tristeza vira alegria…

Porque quem não quer arruma uma desculpa e quem quer sempre dá um jeito. E eu vi você querer… Mas, o que está feito, está feito! E o que passou, passou! Não dá mais pra mudar… Então, é isso mesmo! Foi você quem deixou a felicidade escapar! A oportunidade única que se esvaiu pelo chão… Agora, não adianta mais chorar… Nem lamentar o desperdício… Serei eu a abstinência pro teu vício… O grão único que se mistura entre os tantos da areia… Virou pó, soprei… voou, virou poeira… A agulha que se perdeu no palheiro… A última fagulha de chama que se apagou no candeeiro… É, meu guerreiro! Agora, levanta!!! Foco, força e fé. Permaneça de pé e nunca perca a esperança. É assim mesmo! Um dia da caça, outro do caçador… Um dia do mar, outro do pescador… Depois que a chuva passa, o sol volta a brilhar e aquecer a terra… Perder uma batalha hoje, não quer dizer que amanhã não possa vencer a guerra!  O futuro estará sempre aberto pra gente reescrever nossas “linhas tortas” do jeito certo. Persista, insista, nunca desista, siga em frente porque a vida é pra ser vivida… É sofrida, mas, também é bela… “Nem sempre é o mais rápido quem ganha a corrida, mas as vezes quem simplesmente insiste em permanecer nela.”

Tempestade ou calmaria… tudo passa, cedo ou tarde, a tristeza vira alegria…

Autor: Heber Queiros

Estudou História na Universidade Estadual do Maranhão - UEMA e trabalhou como professor de História durante 8 anos no ensino fundamental e médio em escolas particulares de São Luis/MA. Da decepção com o magistério ingressou no Serviço Público no Tribunal de Justiça do Maranhão e, atualmente estudante de Licenciatura em Música na Universidade Estadual do Maranhão.

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